O Segredo dos Nossos Desejos Não Ditados

Há segredos que não precisam ser ditos, porque já ardem em nossos corpos antes mesmo de serem pronunciados. Teus olhos me contam histórias que a tua boca não ousa revelar, e eu as leio como quem desvenda um livro proibido, cada página impregnada de luxúria e ternura. Nos silêncios que trocamos, tua pele me implora, teu corpo se oferece invisivelmente, e eu sinto tua entrega atravessando o espaço, queimando minhas entranhas com a promessa do que ainda vamos consumar.

Os desejos não ditos são mais cruéis, porque se acumulam como brasas escondidas sob cinzas, esperando apenas o sopro de um encontro para se transformarem em incêndio. Eu imagino tuas mãos me chamando sem que se movam, teus seios latejando por minha boca, teu gozo pulsando em silêncio como uma prece clandestina. E cada vez que fecho os olhos, é como se teu corpo gritasse em mim, pedindo para ser desvendado até a última gota.

Eu quero os teus desejos ocultos, aqueles que nem ousas confessar em palavras, mas que vivem no brilho dos teus olhos e no calor do teu silêncio. Quero arrancá-los de ti com a língua, com as mãos, com o peso do meu corpo sobre o teu, até que não reste nada escondido, até que o teu gozo escorra como revelação final, como segredo revelado apenas a mim, teu homem, teu dono, tua perdição.

“Teus desejos sussurrados me atravessam como uma lâmina quente; eu te tomo com a língua, com as mãos, com o peso do meu corpo até que teu segredo se revele em gozo. Quando você explode, tudo em mim se rende, sou teu, possuo-te, bebo teu néctar e me apaixono de novo na tua entrega.”