📖 Diário Para Vera — Capítulo 3

O toque que não pedi

A noite caiu com um silêncio diferente. Não era ausência de som, era presença de expectativa. Você estava na sala, deitada no sofá, com aquele vestido leve que deixava suas pernas à mostra e sua pele iluminada pela luz quente do abajur.

Eu me aproximei devagar, como quem não quer interromper o momento. Sentei ao seu lado, sem dizer nada. Só deixei minha mão escorregar pela sua coxa, como se fosse um gesto casual. Mas não era. Era um convite.

Você virou o rosto e me olhou. Não havia palavras, só aquele olhar que dizia tudo. A tensão entre nós era quase visível, como um fio elétrico prestes a se romper.

Me inclinei e beijei seu pescoço, devagar, sentindo seu perfume se misturar ao calor da pele. Sua respiração mudou. Você se ajeitou no sofá, abrindo espaço para mim, como quem aceita o jogo e quer mais.

Minhas mãos exploraram seu corpo com calma, como se cada curva fosse uma descoberta. O vestido foi subindo, centímetro por centímetro, até revelar sua lingerie — preta, rendada, provocante. Você sorriu. Eu perdi o controle.

Te levantei nos braços e te levei até o quarto. A porta se fechou atrás de nós, mas o mundo já tinha desaparecido. Só existia você, Vera, e o som dos nossos corpos se encontrando.

Fizemos amor como quem tem pressa, mas também como quem quer saborear cada segundo. Sua pele, sua boca, seus gemidos — tudo em você me deixava em chamas.

Quando finalmente descansamos, suados e ofegantes, você me olhou e disse:

“Amanhã, quero que me conte o que pensou quando me viu de costas hoje à tarde…”

E eu sorri, porque já estava escrevendo esse próximo capítulo na minha mente.