Olhares que Criam Universos – Capítulo XXV

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Olhares que Criam Universos

Os olhos não se limitam a ver. Eles criam. Quando se encontram, revelam mundos que não existiam antes, universos secretos que nascem no silêncio de um olhar. Ela sente que cada vez que o encara, o tempo se suspende e o espaço se expande, como se o mundo inteiro fosse reinventado. Ele percebe que cada vez que a contempla, o desejo se transforma em constelação, e o amor se torna galáxia.

Olhares são portais. Eles abrem caminhos invisíveis, revelam segredos guardados, despertam intensidades que não cabem em palavras. O que não pode ser dito se manifesta em um instante de encontro. O que não pode ser tocado se revela em um brilho que atravessa a pele. O olhar não é apenas visão. É criação. É revelação. É universo.

Ela fecha os olhos por um instante e guarda o dele dentro de si, como se fosse estrela que nunca se apaga. Ele respira fundo e leva o dela consigo, como se fosse luz que guia cada passo. O encontro dos olhos não é acaso. É destino. É força que une, é energia que transforma, é promessa que se cumpre sem necessidade de voz.

Olhares que criam universos são mais do que gestos. São eternidade em forma de luz. São mundos secretos que apenas dois corações conhecem. São lembrança de que o amor não precisa de palavras, porque já se revela inteiro no instante em que dois olhos se encontram.

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