Perfume de Ausências Vivas – Capítulo XXX

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Perfume de Ausências Vivas

A ausência não é silêncio completo. Ela se manifesta como perfume invisível, fragrância que permanece mesmo quando o corpo não está presente. Ela sente que o ar guarda o cheiro dele, como se cada respiração fosse lembrança viva. Ele percebe que o espaço conserva o perfume dela, como se cada instante fosse presença disfarçada.

O perfume das ausências não se dissipa. Ele atravessa o tempo, invade a memória, envolve o coração. Não há distância capaz de apagar o que já se impregnou na alma. Cada lembrança é aroma que retorna, cada saudade é fragrância que insiste em permanecer, cada desejo é sopro que nunca se desfaz.

Ela fecha os olhos e sente o perfume como abraço invisível. Ele respira fundo e percebe que a ausência é presença em forma de essência. O amor deles não precisa de corpo para existir. Ele se revela em sinais sutis, em marcas invisíveis, em perfumes que não se apagam.

Perfume de ausências vivas é promessa que se renova. É certeza de que o amor não se perde, apenas se transforma em presença delicada. É lembrança que envolve, é saudade que consola, é eternidade que se manifesta em cada fragrância que nunca se dissipa.

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