Promessas Escritas na Chuva – Capítulo XXVI

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Promessas Escritas na Chuva

A chuva cai como se fosse escrita do céu, cada gota trazendo consigo um segredo, uma promessa, uma lembrança. Ela sente que suas palavras não se perdem quando ditas sob a água, porque a chuva as guarda, as protege, as grava em silêncio. Ele percebe que cada frase dita naquele instante se torna eterna, como se o tempo não pudesse apagá-la.

A água é testemunha. Ela escuta o que não pode ser ouvido, recolhe o que não pode ser guardado, sustenta o que não pode ser esquecido. As promessas feitas na chuva não se dissolvem. Elas se transformam em marcas invisíveis, em sinais que permanecem na pele, em certezas que atravessam o tempo.

Ela fecha os olhos e sente a chuva como carícia, como se fosse o toque dele vindo de longe. Ele respira fundo e percebe que cada gota é lembrança, cada respingo é palavra, cada tempestade é declaração. O amor deles não precisa de papel, não precisa de voz. Precisa apenas da água que guarda, que testemunha, que eterniza.

Promessas escritas na chuva não se apagam. Elas se tornam parte da terra, parte do vento, parte da memória. São palavras que não se desfazem, são desejos que não se perdem, são certezas que não se quebram. Porque quando o amor se escreve na chuva, ele se torna infinito.

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