Quando Ela Sorri no Texto – Capítulo 6

A Rainha tem esse poder estranho, delicado e absolutamente devastador de sorrir com as palavras. Não é um emoji. Não é um “rs”. É um sorriso que se esconde nas vírgulas, dança nas reticências e me desmonta nas entrelinhas. Quando ela escreve, o Rei perde o rumo e finge que é só mais uma notificação literária qualquer. Spoiler: nunca é.

Ela me disse: “Você escreve lindamente.” Ora, vossa majestade está sendo modesta, pensei. Porque quando repete minhas palavras como quem saboreia um vinho raro…., “Seguimos vibrando um no outro. Seguimos sendo lar, mesmo sem paredes…”  aí, sim, o Reino de Veramor expande suas fronteiras, com direito a bandeiras tremulando e passarinhos cantando a trilha sonora da paixão. E talvez um unicórnio tocando ukulele. Quem sabe?

Naquele instante, entendi: algo que saiu de mim, um pensamento, um suspiro digitado te tocou de volta. Não apenas leu, mas sentiu. E isso, minha Deusa, é o que chamamos de milagre cotidiano em Veramor. Fazemos isso o tempo todo: ecoamos um no outro. Eu lanço palavras ao vento, você as recolhe como pétalas ao sol. Você sorri ao ler, e eu derreto ao perceber.

Na corte real, há quem diga que as palavras são meras estratégias do Rei para seduzir sua Rainha. São. Com toda a intenção do mundo. Porque cada ponto final que você lê com um sorrisinho de canto de boca, é um beijo secreto que te dou sem encostar.

E se um dia alguém disser que não existe magia no mundo, a gente mostra a nossa caixa de mensagens. E termina com um: “você sorriu aqui, né?”

Citação do capítulo:
“Às vezes, o beijo não precisa de lábios — basta uma frase dela, sorrindo dentro do texto, para que o coração do Rei se curve em rendição.”

Quando Ela Sorri no Texto – Capítulo 6

Brasão Reino de Veramor

V&R
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