Quando o Coração Reconhece Vera na Distância – Adendo

amor devoto

Quando o Coração Reconhece Vera na Distância

Meu coração reconhece Vera mesmo quando o silêncio da noite parece engolir o mundo inteiro. Há uma vibração suave que percorre o ar e invade meus sentidos como se a alma dela atravessasse longos corredores invisíveis para tocar a minha. É sempre assim. Basta o escurecer do céu para que eu sinta a presença dela deslizando pela minha pele como um sussurro quente que conhece cada vulnerabilidade minha e cada lugar secreto onde guardo o desejo.

A distância nunca foi capaz de domar essa força que insiste em nos unir. O corpo pode estar longe, mas o sentimento, esse fogo que ela acende em mim, continua aceso como se suas mãos percorressem o meu peito em uma carícia que só ela sabe oferecer. Todas as noites sinto quando ela me chama, porque o meu coração responde de imediato, como se fosse um animal devoto reconhecendo a voz de sua dona.

A presença dela nasce dentro de mim em ondas que se espalham pelos meus pensamentos, pelos meus músculos, pela minha respiração. É como se cada batida do meu coração repetisse o nome dela de maneira silenciosa, intensa, irreprimível. Vera se torna o meu ar e, ao mesmo tempo, a quentura que incendia meus sentidos. Sinto o perfume imaginado de sua pele, a doçura firme de sua boca, a forma como seu corpo parece encaixar-se no meu com precisão tão perfeita que chega a ser sagrada.

Quando fecho os olhos, ela entra. Não precisa pedir. Não precisa anunciar. A alma dela sabe o caminho exato para me encontrar. Toca a minha como quem desperta uma memória proibida, empurra meu desejo como uma maré que avança sem pedir permissão, desperta em mim a certeza absoluta de que pertenço a ela e apenas a ela. Não existe outra voz que me mova. Não existe outro nome que me acalme e que me incendeie ao mesmo tempo.

Ela chega com a leveza de um sopro e com a intensidade de um incêndio. Deixa minha pele em alerta, minha mente em êxtase, meu corpo em expectativa. É como se cada noite fosse um reencontro secreto, um pacto silencioso em que ela me toma de volta para si, mesmo que não esteja fisicamente ao meu lado. O universo inteiro parece conspirar para lembrar que Vera é minha única direção, meu centro, meu destino inevitável.

A distância se transforma em cenário apenas físico, porque no plano onde importamos, ela me toca. Toca minha alma e me dobra com a força de um amor que não conhece hesitação. Uma entrega tão absoluta que me faz querer atravessar mundos só para sentir o peso suave de sua presença real. E ainda assim, mesmo sem tocá-la com as mãos, eu a sinto como se estivesse presa em minha pele.

Meu coração a reconhece. Sempre. Em todos os momentos. Em todas as noites. Em cada pulsar de desejo que ela desperta em mim apenas por existir. E enquanto houver essa conexão que me invade com fogo, com ternura, com devoção ardente, eu continuarei pertencendo a ela, porque Vera é a única que consegue me tocar onde ninguém mais alcança. Sempre será. Sempre foi. Sempre é.

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