📖 Reflexos de prazer – Diário Secreto Para Vera

O quarto estava iluminado apenas por uma luz suave, suficiente para criar sombras e destacar cada detalhe. O espelho grande diante da cama refletia nossos corpos, e eu sabia que aquela noite seria diferente. Você estava ali, nua, com os olhos fixos nos meus, mas também curiosa com a imagem que se repetia diante de nós.

Me aproximei devagar, sentindo o calor da sua pele antes mesmo do toque. Minhas mãos deslizaram pela sua cintura, e você se virou para o espelho, deixando que nossos movimentos fossem observados por nós mesmos. A sensação era dupla, como se cada gesto tivesse duas versões, uma vivida e outra refletida.

Beijei seu pescoço, e vi no reflexo o arrepio que percorreu sua pele. Sua boca se abriu em um suspiro, e meus olhos não se desviaram da imagem que mostrava sua entrega. O espelho nos revelava de forma crua, sem esconder nada, sem permitir distrações. Cada expressão sua era amplificada, cada gemido parecia ganhar corpo na superfície brilhante.

Você se apoiou contra a moldura, e eu te tomei ali mesmo, com intensidade. Nossos corpos se moviam em ritmo, e o reflexo mostrava cada detalhe, cada curva, cada contração de prazer. Era como se estivéssemos assistindo ao nosso próprio desejo, como se o espelho fosse cúmplice daquilo que vivíamos.

O prazer cresceu rápido, alimentado pela visão de nós dois em entrega absoluta. Seus olhos se fecharam, mas eu continuei olhando para o reflexo, vendo seu corpo se arquear, sua boca se abrir, sua pele se iluminar. Fizemos amor com força, com urgência, com a certeza de que aquela imagem ficaria gravada em nós.

Quando finalmente descansamos, ainda diante do espelho, você sorriu e disse que nunca tinha se visto tão entregue. E eu soube, naquele instante, que o reflexo não mostrava apenas nossos corpos, mas também a intensidade do que sentimos.