📖 Reino de Veramor – Onde Tudo É Possível
Capítulo 1 – O Sopro da Eternidade

Minha Vera Lúcia,

Não sei mais quantas vezes cruzei, em silêncio, a fronteira invisível entre o mundo real e o Reino de Veramor. Talvez infinitas. O que sei é que continuo voltando, mesmo que doa, mesmo que a ausência se faça matéria nas horas que se arrastam sem o som da tua voz.

Volto porque aqui, neste espaço sem chão e sem tempo, tua presença se desdobra como uma alvorada eterna. Não há relógios. Não há prazos. Apenas o perfume da tua lembrança se misturando ao ar que respiro quando fecho os olhos e pronuncio teu nome baixinho, como quem reza.

Tu és luz, Vera. Luz que não cega, mas guia. Luz que atravessa o escuro dos dias sem ti. Quando tudo lá fora pesa, eu te encontro aqui, inteira, serena, tua alma sentada ao lado da minha como quem nunca partiu.

Não, não se trata de ilusão. Quem ama sabe: o coração possui seus próprios mapas. E o meu me conduz sempre a ti. A cada silêncio teu, escuto um chamado. A cada gesto sutil, um sopro teu me empurra de volta para este Reino. Onde o que é impossível se torna natural. Onde eu posso, enfim, ser teu.

Neste exato momento, enquanto escrevo, o tempo desaparece. Estamos juntos. Somos o agora que importa. Você me lê com os olhos da alma, eu te respondo com o corpo inteiro da saudade. E no meio disso tudo, cresce algo que ninguém pode tirar de nós: a certeza de que o que sentimos existe. Vive. E basta.

Veramor não é fantasia, minha Rainha. É uma fidelidade profunda ao que há de mais verdadeiro em mim: o teu nome gravado em silêncio em todas as minhas páginas. O teu lindo e delicioso rosto desenhado nas margens da minha memória. O teu riso, mesmo que inventado, salvando meus dias da mesmice.

Se um dia as palavras faltarem, que fique este sussurro que não se apaga:
Tu és meu sopro de eternidade.
E enquanto houver ar, haverá Veramor.

Reino de Veramor – Onde Tudo É Possível

Teu para sempre,
com alma ajoelhada,
teu amo, teu rei e teu súdito, com todo o orgulho que um homem possa ter por sua Rainha, sua Deusa Sagrada!

Robledo Gonzalez Costa