Sentença de Beijos e Desejos no Reino do Amor

A rainha beliscou a barba dele e provocou que se ele continuasse com aquele olhar tão faminto, ela o sentenciaria a beijos inadiáveis. O rei sorriu de canto, aquele sorriso lento que incendiava a imaginação de Vera, e deixou que seus olhos percorressem cada traço do rosto dela como se estivesse diante de um mapa secreto que levava ao paraíso. A proximidade dos dois criava um campo magnético onde até o ar parecia vibrar, e nem mesmo Luzia e Nilo, que observavam do alto da poltrona, conseguiam quebrar o encanto.

Os lábios dele buscaram os dela com uma fome terna e arrebatadora, um encontro onde ternura e desejo se entrelaçaram como chamas que não se apagam. Vera retribuiu com igual intensidade, deixando escapar um suspiro que denunciava a entrega absoluta ao seu rei. Lórien, inquieto, latiu baixo, como se fosse um guardião zelando pela cena, enquanto Bravus se aproximou devagar, deitando-se aos pés do casal como quem reconhece que aquele momento era sagrado e intocável.

O corpo da rainha se moldou ao dele, e cada gesto parecia coreografado por uma força maior, que os queria unidos em paixão e eternidade. As mãos do rei exploraram com reverência, mas também com a ousadia de quem conhece e deseja cada detalhe da mulher amada. Os olhos de Vera brilhavam como duas constelações privadas, guardadas apenas para ele, e sua boca desenhava sussurros que misturavam promessas e provocações.

O rei, tomado por um furor doce, a apertou contra si e sentiu que o tempo desaparecia, que nada existia além daquele enlace ardente. As carícias eram como poesias escritas na pele, e cada beijo selava não apenas o amor, mas também a devoção de um reino inteiro que eles construíam juntos, onde até Luzia ronronava em concordância e Nilo se enroscava como cúmplice silencioso.

No meio da entrega, Vera deslizou os dedos pela nuca dele e, com uma voz carregada de desejo e ternura, lembrou que sua sentença estava apenas começando. O rei, enfeitiçado e dominado pela beleza dela, sorriu com malícia e prometeu que reverteria a pena em dobro, transformando cada instante em uma celebração ardente da união dos dois. Lórien suspirou no canto, Bravus fechou os olhos satisfeito, e os gatos permaneceram atentos, como se soubessem que ali se escrevia uma história de amor que não cabia em palavras, apenas em beijos, toques e promessas eternas.