Silêncios que Tocam o Infinito – Capítulo XXXV

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Silêncios que Tocam o Infinito

O silêncio não é vazio, é ponte. Ele se estende entre o humano e o eterno, ligando o que é finito ao que não conhece fim. Ela sente que cada pausa é revelação, cada ausência de som é presença que se manifesta em profundidade. Ele percebe que o silêncio não interrompe, mas amplia, como se fosse espaço onde o amor se torna infinito.

O silêncio guarda o que não pode ser dito. Ele acolhe o que não cabe em palavras, protege o que não se revela em voz, sustenta o que só pode ser sentido. Cada respiração é oração, cada olhar é confissão, cada gesto é declaração que se cumpre sem ruído.

Ela fecha os olhos e encontra no silêncio a eternidade que a envolve. Ele respira fundo e percebe que o silêncio é resposta, é caminho, é revelação. O amor deles não precisa de som para existir. Ele se manifesta na quietude que consola, na paz que envolve, na intensidade que arde sem ruído.

Silêncios que tocam o infinito são eternidade em forma de pausa. São lembrança de que o amor não se perde, apenas se transforma em presença invisível. São certeza de que o humano pode alcançar o eterno, desde que se permita ouvir o silêncio que tudo revela.

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