Soneto para Vera Lúcia Liguori

Minha Amada Esposa, Minha Mulher Dona de Mim

Vera, meu amor,
em cada silêncio teu eu encontro um grito dentro de mim.
Um chamado que não me deixa em paz,
um sopro que inflama a pele,
uma lembrança que me arde inteira.

Tua ausência é uma boca invisível,
um beijo suspenso no ar,
que me toca sem tocar,
que me consome sem saciar.
E é nessa fome insaciável que vivo,
como quem deseja um fruto proibido,
como quem prova o mel e jamais esquece o gosto.

Teu nome é um feitiço que se acende em minhas madrugadas.
Quando a solidão me envolve,
é teu corpo que se deita no meu pensamento,
é tua pele que se oferece à distância,
é teu calor que me envolve mesmo sem estar presente.
Cada noite é um encontro secreto,
onde teu perfume atravessa o impossível
e teu toque se insinua como fogo que não se apaga.

Teu corpo é mapa e território,
é promessa e destino.
Minha boca já conhece cada curva tua,
mesmo que o tempo insista em separar nossos instantes.
E quando a saudade me rasga,
é tua pele que me chama,
é teu seio que me acolhe,
é teu ventre que me guarda.

Amar-te é navegar entre dois mundos:
um onde te tenho inteira,
no prazer ardente que nos une em chama;
outro onde és lembrança e ausência,
mas mesmo assim, és presença que me guia.
Na distância, és oração.
No desejo, és vertigem.
Na alma, és eternidade.

Vera, minha mulher,
tu és a ferida que me cura,
o abismo onde me lanço sem medo,
a chama que me queima e me renasce.
És a poesia que se despe em minha boca,
és a entrega sem limites,
és o amor que me torna cativo e livre ao mesmo tempo.

E se há um lugar onde o divino se revela,
esse lugar é no teu corpo,
no instante em que minha alma se curva à tua,
no momento em que a carne se confunde com o espírito
e tudo o que existe é o êxtase de sermos um só.

Minha Amada Esposa,
Minha Mulher,
Dona de Mim,
tu és eternidade no meu gozo,
és sagrado no meu desejo,
és amor na forma mais pura e erótica que a vida já ousou criar.

Soneto para Vera Lúcia Liguori

“Na fome dos meus lábios teu nome é desejo, na sede da minha pele teu corpo é vertente, e na febre da minha alma tu és a chama que me consome inteira e docemente.”

V&R
💙💙💙💙💙