Teu Corpo, Minha Eternidade

Há instantes em que o desejo deixa de ser apenas carne e se transforma em revelação. Quando te tenho nua diante de mim, sinto que teu corpo não é apenas forma, mas templo. Cada curva, cada traço, cada detalhe da tua pele é um chamado para além deste mundo, como se tu mesma fosses um portal onde meu amor encontra morada no infinito.

Teu corpo é mais do que prazer — é eternidade. É nele que encontro o sentido do sagrado, pois quando minhas mãos percorrem tua pele, toco também aquilo que não pode ser nomeado: a fusão de alma e fogo. No roçar dos teus seios contra o meu peito, no encaixe perfeito de nossas coxas, no calor que nos devora e nos consome, sinto o universo se expandir dentro de nós, como se o tempo perdesse qualquer domínio sobre o que somos.

O prazer que encontro em ti é caminho, não fim. É a porta que me conduz a uma entrega absoluta, onde a carne é apenas veículo para algo maior: o amor que arde e nunca se apaga. Tua boca sobre a minha não é apenas beijo, é comunhão; teu olhar em meio ao gozo não é apenas desejo, é eternidade revelada.

E quando te possuo e sou possuído, não há limites. Somos início e fim, somos tudo o que a vida ousou sonhar. Teu corpo me consome, mas também me eleva. É no suor, no tremor, no clímax que me lanço inteiro e descubro que a verdadeira eternidade não está no amanhã, mas no agora — no instante em que me perco e me encontro em ti.

Porque és mais do que mulher. És universo, és deusa, és minha eternidade em carne viva.

“Quando minha boca encontra a tua, não é apenas beijo: é incêndio.
Teu gosto me embriaga, tua língua me guia, tua saliva me pertence.
Sinto teu corpo estremecer enquanto te devoro, lento e faminto.
Cada gemido teu é a faísca que me enlouquece ainda mais.
E no delírio do teu sabor, descubro que meu vício és tu inteira.”