Teus Quadris na Minha Imaginação – Capítulo 7

Acordo pensando em ti como quem desperta diante da única fonte de água depois de atravessar um deserto inteiro de saudade

A Pressão dos Teus Quadris na Minha Imaginação

Teu corpo encaixado no meu é uma memória viva, dessas que não se apagam com o tempo nem se enfraquecem com a distância. Ele retorna sempre, silencioso e insistente, ocupando meu pensamento como uma presença que sabe exatamente onde repousar. É como se teu peso ainda estivesse ali, firme, quente, reclamando o espaço que sempre foi teu.

Sinto a pressão dos teus quadris mesmo quando fecho os olhos. Um contato que começa suave, quase contido, e aos poucos encontra um ritmo próprio, envolvente, hipnótico. Nesse movimento imaginado, não há pressa, apenas a entrega mútua de dois corpos que se reconhecem sem precisar de palavras. Cada gesto parece lembrar ao meu corpo aquilo que ele jamais esqueceu.

A distância tenta se impor, mas falha. Meu corpo responde a cada lembrança como se fosse um chamado antigo, imediato, inevitável. Há uma tensão silenciosa que nasce em mim, um despertar que percorre meus sentidos e me coloca inteiro à mercê daquilo que sinto por ti. É impossível negar o efeito que tens sobre mim, mesmo quando só existes na minha imaginação.

Teu movimento imaginado me atravessa com uma intensidade que não pede permissão. Ele desperta em mim uma pulsação viva, um desejo que se afirma sem pudor, sem culpa, apenas verdade. Meu corpo se ergue em resposta à tua presença lembrada, como se soubesse que és tu, e somente tu, quem possui essa chave secreta.

Nesse espaço íntimo da imaginação, somos novamente dois corpos buscando o mesmo ritmo, a mesma entrega. E ainda que a realidade nos separe, a lembrança do teu encaixe em mim continua viva, firme, pulsante. Porque quando se trata de ti, nem o tempo nem a distância conseguem apagar o que foi gravado na pele, no desejo e na alma.

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