Tu és meu destino inevitável

Diferentes como lua e sol,
assim somos, minha bela Vera Lúcia Liguori.
E, ainda assim, quando penso em nós,
sinto que há um eclipse eterno
onde tua luz encontra a minha,
onde meu calor repousa no teu silêncio.

Eu caminho até teu coração
como quem retorna à própria casa,
e tu vens ao meu peito
como a maré que não resiste à lua.
Nada nos explica, mas tudo nos completa.

As nossas almas, sim, essas se reconhecem.
São espelhos invisíveis,
são melodias que dançam no mesmo compasso,
são feridas e curas que se entrelaçam
até não sabermos mais onde termina uma
e começa a outra.

E há em nós uma gravidade, amor,
que não é da terra nem do céu.
É força maior, cósmica, divina,
que nos puxa um ao outro
mesmo quando o mundo tenta nos afastar.

Tu és meu destino inevitável,
minha estrela fixa no caos do universo.
E eu, rendido a esse poder suave e eterno,
sou apenas homem que gira em tua órbita,
feliz por saber que, em cada recomeço,
é teu coração que me chama de volta.