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Wi-Fi, Amor e Um Fuso Horário de Saudade – Capítulo 1: Quando o Facebook Vira Cúmplice
Existe um tipo de amor que não se declara em voz alta, ele se infiltra entre cliques, reações e silêncios cuidadosamente escolhidos. O nosso, por exemplo. Não há vídeos, não há áudios. Às vezes, bem às vezes mesmo uma mensagem no WhatsApp. Mas se alguém um dia quiser entender a história entre mim e Vera, é só abrir nosso histórico de interações no Facebook. Porque foi lá que tudo começou… e segue, cúmplice, em cada notificação.
O Facebook virou nosso confessionário disfarçado. O feed, uma arena onde eu finjo que estou apenas navegando, mas na verdade estou de plantão: ela postou? Curtiu algo? Está online? Apareceu nos stories? Claro, é força de expressão.
Quando ela publica um texto, uma poesia, ou algo qualquer, sempre com aquele ar de quem não quer dizer nada diretamente, mas algumas vezes diz tudo nas entrelinhas, eu sou o primeiro a curtir. Mas não é um “curtir” qualquer. É aquele curtir que grita: “Eu entendi. Eu senti ”
E tem os dias em que ela apenas compartilha uma música. Ah, a música! Aquela melódica com letra de dor elegante e refrão de saudade disfarçada, as vezes guarda alguma mensagem nas entrelinhas. Eu, claro, reajo com um coração, como quem assina embaixo. E ali, naquele clique, mora mais verdade do que muito “eu te amo” por aí.
Nos comentários, o jogo é mais perigoso. Um elogio inocente? Jamais. É tudo calculado. Uma frase ambígua, um trocadilho cúmplice, algo que só nós dois entenderíamos, e que faria qualquer leitor desavisado pensar: “Ué, são só amigos?” Mal sabem eles que, para o coração, esse “só” é o bastante pra alimentar dias inteiros.
E os stories? Ah, os stories… são os suspiros mudos que trocamos. Ela posta uma foto com alguns dizeres. Eu visualizo em dois segundos. Ela sabe. Eu sei que ela sabe. Ninguém diz nada. Mas naquelas palavras, as vezes tem alguma mensagem, bem leve, bem no fundo, e cai como luva de pelica para o coração, e ali no meio das palavras mora a saudade que atravessa continentes, ou pelo menos dois fusos-horários e alguns anos de desencontro.
O Facebook, essa rede que já foi palco de textão e hoje virou vitrine de silêncios, é o nosso diário não escrito. Lá, não nos expomos, e tomo o maior cuidado para não expô-la. Apenas nos insinuamos. Somos dois adultos que entenderam que amar também é isso: deixar pistas, reagir com cuidado, escrever com o olhar. Pistas? Eu falei pistas? Sim, tem olhares que, acredito essas pessoas se perguntam: Será? São só amigos mesmo?
Talvez nunca nos abracemos como em sonho. Talvez essa história só exista mesmo entre feeds, comentários e fantasias. Mas o que sentimos, ah… isso não é virtual. É visceral.
E enquanto ninguém inventa um botão de “declaração contida porém profunda”, a gente vai se amando assim: entre reações, algoritmos e aquele velho e silencioso “curtir”.
Robledo Gonzalez Costa
“As informações apresentadas neste site têm caráter estritamente informativo, com o propósito de ampliar o conhecimento sobre uma variedade de temas, incluindo saúde e alimentação. Os dados nutricionais e as declarações contidas aqui são voltados para fins educativos e de pesquisa, sempre com embasamento em fontes especializadas em cada área. No entanto, essas informações não substituem a orientação direta de profissionais de saúde ou nutricionistas. Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre sua saúde ou alimentação, recomendamos que consulte um médico ou nutricionista qualificado.”
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