O Refúgio na Montanha – Capítulo 1

O Refúgio na Montanha. A estrada parecia não ter fim, serpenteando entre encostas cobertas por pinheiros que erguiam-se como guardiões

O Refúgio na Montanha

A estrada parecia não ter fim, serpenteando entre encostas cobertas por pinheiros que erguiam-se como guardiões ancestrais. Clara mantinha as mãos firmes no volante, embora seus olhos carregassem a hesitação de quem atravessava mais do que apenas uma distância física. Cada curva era uma despedida silenciosa da cidade, da vida que havia sido arrancada de si junto com a morte de sua mãe. O motor do carro rugia baixo, mas era o silêncio da montanha que dominava, pesado, quase sagrado.

Quando finalmente a casa surgiu diante dela, recortada pela neve acumulada no telhado e pelas sombras azuladas do fim da tarde, Clara sentiu o coração apertar. Não era um lar acolhedor no sentido tradicional. As tábuas escuras, gastas pelo tempo, denunciavam histórias que não lhe pertenciam. As janelas refletiam a luz fria do inverno como se escondessem segredos. Ainda assim, havia ali uma promessa: a de que o mundo não a encontraria tão facilmente, a de que poderia se perder sem que ninguém viesse buscá-la.

Ela estacionou, desligou o carro e ficou alguns segundos imóvel, escutando apenas o vento que zunia pelas árvores. Havia algo quase humano naquele som, como um aviso ou um sussurro de boas-vindas enigmáticas. Com passos cautelosos, carregando as malas até a varanda, sentiu o piso ranger sob seus pés, e esse ranger lhe trouxe uma estranha sensação de pertencimento. A madeira velha parecia reconhecer seu peso, aceitá-la.

Ao abrir a porta, foi recebida pelo cheiro de poeira antiga misturado ao frio que havia se acumulado por semanas no interior. As paredes forradas de madeira, a lareira apagada, os móveis cobertos por lençóis brancos: tudo parecia adormecido, aguardando sua chegada para ser desperto. Clara respirou fundo, tentando acreditar que não se tratava apenas de fuga, mas de uma escolha, um passo em direção a si mesma.

Sentou-se no chão, apoiando as costas contra a parede, e deixou-se observar a imensidão de silêncio que preenchia cada canto. Nenhum vizinho, nenhum barulho de trânsito, nenhum relógio apressando as horas. Apenas o eco suave de sua própria respiração e o bater inquieto do coração. Foi nesse instante que compreendeu a real dimensão de sua solidão. Não era apenas ausência de pessoas. Era o confronto inevitável com seus fantasmas, sem distrações, sem refúgios artificiais.

O vento soprou mais forte do lado de fora, fazendo a estrutura da casa estremecer levemente. Clara fechou os olhos, abraçou os joelhos contra o peito e murmurou para si mesma que conseguiria. Não sabia ainda como, mas precisava acreditar que aquele lugar, entre a neve e o silêncio, poderia oferecer algo além do vazio. Talvez ali, escondida do tempo e das lembranças, pudesse aprender a respirar novamente.

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