🌙 As Filhas do Véu Dourado

Elas não voam em vassouras, nem acendem caldeirões sob a lua cheia. Hoje, as bruxas andam de salto, dirigem carros elétricos e vivem em casas cercadas por jardins exuberantes e esculturas de vidro. São executivas, artistas, cientistas e líderes, mulheres que entenderam que o verdadeiro feitiço é o domínio sobre si mesmas.

Em noites discretas, quando o vento traz o perfume das magnólias, reúnem-se em torno de mesas de mármore iluminadas por velas perfumadas e taças de cristal. Ali, longe do olhar comum, realizam seus rituais, não de magia antiga, mas de poder, intuição e intenção. Misturam essências, palavras e pensamentos como quem programa o universo com novos comandos.

Suas orações são mantras de prosperidade e coragem; seus grimórios, cadernos de metas e símbolos de sabedoria ancestral adaptados aos tempos digitais. Sabem que energia é frequência, e que toda frequência pode ser moldada com foco e amor.

Vivem entre nós, belas, discretas, elegantes.
Suas roupas carregam mais poder que amuletos; seus perfumes, mais mistério que poções.
E ainda que o mundo moderno tente chamá-las de outro nome, elas continuam sendo o que sempre foram: guardiãs do invisível, senhoras do destino, bruxas eternas.

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