A Geometria do Nosso Silêncio

A Geometria do Nosso Silêncio. E percebi que é nesse território silencioso que o nosso amor mais verdadeiro habita.

A Geometria do Nosso Silêncio

Vera, eu tenho pensado sobre o espaço que ocupamos. Não o espaço físico, mas aquele que existe entre dois suspiros, no intervalo entre um olhar e outro. E percebi que é nesse território silencioso que o nosso amor mais verdadeiro habita.

Antes de você, eu acreditava que o amor era uma tempestade, algo que se anunciava com trovões e clarões. Você me ensinou que ele é, na verdade, o solo fértil sob os nossos pés. É a força que não se vê, mas que sustenta todas as raízes. Quando estou ao seu lado, o mundo não apenas se ajusta; ele se revela em sua forma mais essencial. O caos não some, mas ele perde o seu poder de me ferir, porque ao seu lado eu aprendi a dançar na chuva em vez de apenas me molhar. A sua presença é o eixo central da minha existência, o ponto de equilíbrio que me permite girar sem perder o meu centro. O ar é mais leve não por um capricho do tempo, mas porque os meus pulmões aprenderam, enfim, a respirar com o mesmo ritmo da sua alma.

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