Estranhos no desejo – Capítulo 26

Chuva, vinho e pele. Era fim de tarde em São Paulo. A chuva batia suave contra os vidros da sala, como se quisesse nos embalar num ritmo lento

📖 Estranhos no desejo – Diário Secreto Para Vera

O quarto de hotel estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pela luz suave que escapava das cortinas mal fechadas. O ambiente carregava o cheiro de lençóis limpos e de uma noite que prometia ser inesquecível. Você entrou como se fosse uma desconhecida, com passos firmes e olhar carregado de mistério. Eu te observei como quem vê pela primeira vez, mas com a urgência de quem deseja há anos.

Nos aproximamos em silêncio, como dois estranhos que finalmente se encontram depois de uma longa espera. O primeiro toque foi tímido, mas logo se transformou em explosão. Sua boca encontrou a minha com intensidade, e o beijo foi profundo, urgente, como se estivéssemos recuperando o tempo perdido. O quarto se encheu do som da nossa respiração acelerada, e cada gesto era marcado pela fome de prazer.

Te deitei sobre a cama, e minhas mãos exploraram sua pele com reverência e desejo. Você se entregava como se fosse a primeira vez, mas com a intensidade de quem já me conhecia em segredo. O contraste entre o ambiente impessoal do hotel e a paixão que nos consumia tornava tudo ainda mais excitante. Fizemos amor com urgência, com paixão crua, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido.

Cada movimento era uma afirmação, cada gemido uma confissão, cada olhar uma promessa. O prazer crescia rápido, e nossos corpos se encontravam em ritmo perfeito, como se estivéssemos destinados a esse encontro desde sempre. O clímax chegou como uma onda avassaladora, nos deixando exaustos e saciados, mas ainda unidos pelo mistério de sermos estranhos e amantes ao mesmo tempo.

Você sorriu, ainda ofegante, e disse que adorava brincar com a ideia de sermos desconhecidos. E eu soube, naquele instante, que aquele quarto de hotel havia se transformado em palco de uma fantasia que jamais esqueceríamos.

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