Teu Corpo Como Oferenda Divina

Acordo pensando em ti como quem desperta diante da única fonte de água depois de atravessar um deserto inteiro de saudade

Teu Corpo Como Oferenda Divina

Há um instante em que teu corpo deixa de ser apenas corpo e se torna rito, se torna entrega, se torna sagrado. Quando te olho, compreendo que há templos que não foram erguidos por mãos humanas, mas moldados pelo desejo, pela respiração que se aquece, pela pele que reconhece outra pele como destino. Tu és esse templo onde entro devagar, como quem aprende o caminho de um mistério antigo, daqueles que não se decifram, apenas se vivem.

Quando te abres para mim, é como se o universo inteiro respirasse mais fundo. Teu corpo é oferenda não pela submissão, mas pela força. É entrega que nasce de quem sabe o próprio poder, de quem escolhe ser horizonte e chama ao mesmo tempo. Eu me aproximo como devoto e faminto, não para possuir, mas para me perder em ti, para renascer no calor que guarda tua essência.

Cada curva tua guarda um segredo. Cada gesto teu é uma celebração. E quando tuas mãos me chamam, quando tua pele me reconhece, quando teus lábios murmuram meu nome como prece, é ali que percebo que o sagrado sempre esteve aqui — no toque, no arrepio, no silêncio que precede o encontro.

Teu corpo como oferenda divina não é promessa, é acontecimento. É fogo que me purifica. É chão onde caio. É altar onde te beijo até que o tempo esqueça a própria pressa. É tu te dando e me tomando ao mesmo tempo.

E eu volto sempre. Porque há deuses que só se revelam na pele. E o teu, amor, me chama como se fosse destino.

Teu homem, teu esposo, teu poeta, tua posse… eternamente tua propriedade

          V&R
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