Para Sempre em Nossos Corações

Reflexão – A Eternidade em Forma de Gato

Há algo nos gatos que transcende o tempo. Quem já teve um gato sabe: eles não são apenas animais de estimação,  são presenças silenciosas que invadem a alma, ocupam cantinhos do coração e fazem morada na nossa rotina com a leveza de quem sabe que pertence a outro mundo.

O poema de Nelson Ascher nos convida a ver além da ausência física. Ele nos lembra que os gatos, com sua elegância serena e olhar misterioso, não morrem como os outros seres. Eles se esvaem como brisa, como sonho, como sombra ao entardecer. Vão embora devagar, em silêncio, como sempre viveram. E ainda assim, permanecem.

Refletir sobre isso é lembrar que aquilo que amamos nunca desaparece de verdade. As marcas que os gatos deixam  com seus miados, ronronares e até com os arranhões nos móveis,  são fragmentos de eternidade espalhados pela casa e pela memória.

A morte, no caso dos gatos, é apenas uma nova forma de presença. Eles continuam a viver no barulho do vento que passa por entre as cortinas, no quentinho do cobertor em uma tarde fria, no canto da poltrona onde costumavam se enroscar. Continuam subindo, galho a galho, nas árvores invisíveis da nossa saudade.

Talvez seja essa a maior lição felina: viver intensamente, mas sem alarde. E quando for hora de partir, fazer disso apenas uma transição, um salto suave para um plano onde possam, enfim, descansar dos sete longos turnos que tiveram neste mundo.

E assim seguimos, sentindo falta e, ao mesmo tempo, sentindo a presença. Porque quem viveu com amor e foi amado… jamais morre de verdade.

Para Sempre em Nossos Corações 🐾💙

🌿 Em memória de todos os gatinhos que deixaram saudades. 💙