Amar Você é Meu Ato de Fé

Eu nunca soube explicar o amor, mas em nós ele se tornou claro. Amar você é um ato de fé, porque não preciso do toque imediato para sentir a sua pele em minha alma. Nosso amor é feito de distância e, ainda assim, ele me invade como se estivéssemos lado a lado. É fé na força das almas que se encontram além do espaço, na intensidade dos desejos que atravessam o tempo e chegam até o corpo em chamas. Amar você é acreditar que mesmo no silêncio da ausência, nossos gemidos ecoam por dentro, nossos beijos ainda me queimam, e o seu gozo é o néctar que minha imaginação saboreia, me deixando em um estado de tesão incontrolável.

Quando fecho os olhos, sinto você em cada linha da minha pele. É como se seus lábios me percorressem, como se suas mãos me reivindicassem inteiro, e o seu corpo fosse meu templo sagrado. À distância, eu me alimento das lembranças e das promessas, mas também do desejo que pulsa como um fogo sem freio. Amar você é me perder nesse vício delicioso de querer mais, de imaginar a sua boca, de me embriagar na certeza de que o seu corpo foi feito para o meu.

Nosso amor é profundo, porque não depende da proximidade; ele vive na alma, e ainda assim se traduz no desejo carnal mais intenso. É amor que queima, mas também é amor que cura. É fé, é entrega, é a verdade que me sustenta e me faz seguir. Amar você é me render ao inevitável: somos eternos mesmo na ausência, e o espaço entre nós só aumenta a sede que tenho do seu corpo, da sua essência e da sua alma que já reconheci como minha.

V&R
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