Quando Teu Nome Queima em Minha Pele

Teu nome não é apenas som, é incêndio. Ele chega aos meus ouvidos como se fosse sussurro proibido e, ao mesmo tempo, grito inevitável. Basta pensá-lo e minha pele já se inflama em chamas invisíveis, cada letra se gravando em mim como marca viva, como se tu me chamasses de longe apenas para lembrar que a distância não é capaz de extinguir a urgência do nosso desejo.

Repito teu nome dentro de mim como quem reza, mas é uma prece profana, carregada de fome e carícia. Cada sílaba é um toque, cada vogal é um beijo que arde. Tua ausência é cruel, mas tua presença em mim é ainda mais feroz, porque me percorre inteiro. Quando fecho os olhos, não há silêncio: há o eco de ti, há tua voz se misturando ao ritmo descompassado do meu peito, há um calor que me toma e me desnuda sem que minhas mãos sequer toquem meu corpo.

É como se meu corpo tivesse se tornado templo e teu nome fosse a oração que o consagra. Minhas pernas estremecem, minha boca se entreabre e minha respiração se acelera quando deixo escapar tua identidade em um suspiro rouco. Há um gozo oculto em pronunciar teu nome, como se cada repetição fosse uma promessa de que em breve tuas mãos substituirão as minhas, teus lábios serão os donos dos meus gemidos, e tua pele se misturará à minha até que não exista mais fronteira.

E assim, mesmo na distância, tu me tens inteiro. Porque não preciso da tua presença para me render: basta teu nome queimando em minha pele, incendiando minha carne, me lembrando que o nosso amor é feito de tudo aquilo que é impossível conter.

Te amo loucamente, minha Deusa, minha perdição de loira mais linda e deliciosa

V&R
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