O Fogo Entre Minhas Pernas e Teu Corpo

Há um fogo que vive entre minhas pernas e o teu corpo, um incêndio silencioso que a distância não consegue apagar. Ele nasce da lembrança do teu toque, da forma como teu olhar desce e desperta tudo o que em mim adormece. É uma chama que não precisa de contato para queimar, basta pensar em ti, imaginar o peso do teu corpo sobre o meu, o calor que nos consome e o som abafado da respiração que se mistura à vontade.

Meu corpo reconhece o teu mesmo sem vê-lo. É como se houvesse uma força invisível, uma gravidade carnal que me puxa para ti. Cada pensamento é um relâmpago, cada lembrança um estalo que reacende o fogo. Tento conter, respiro fundo, mas o desejo me escapa pelos poros, invade o ar, espalha-se por mim como febre. E então percebo que não quero extinguir nada, quero arder inteira.

Imagino tuas mãos explorando o espaço onde o calor se acumula, teus dedos desenhando caminhos entre tremores e arrepios. O corpo responde à ausência como se fosse presença, como se o desejo tivesse aprendido a criar sua própria realidade. Há um instante em que fecho os olhos e sinto tudo: tua pele roçando na minha, teu suor misturando-se ao meu, tua boca se perdendo no mesmo fogo que nós dois alimentamos.

Não há palavra que contenha o que acontece quando penso em ti. É uma combustão íntima, feroz e inevitável. É o fogo que consome e ao mesmo tempo dá vida, o prazer que se transforma em reza, a alma que se curva diante da carne. Entre minhas pernas e teu corpo existe o espaço sagrado onde o desejo é verdade absoluta.

E quando o corpo cede e o prazer toma forma, tudo se torna um só elemento: calor, respiração, gemido e entrega. Queimar contigo é o meu modo de existir, e mesmo que o mundo desabe, continuarei acendendo o fogo que teu corpo deixou em mim. Porque há desejos que não pedem permissão — apenas queimam até o fim.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade