📖 Escuridão e boca – Capítulo 7

Diário Secreto Para Vera

Você estava deitada no centro da cama, com os braços soltos ao lado do corpo e os olhos cobertos por uma faixa de cetim preta. A luz do quarto era baixa, quase inexistente, mas suficiente para que eu visse cada curva sua, cada respiração que fazia seu peito subir e descer com expectativa.

A ausência da visão te deixava mais entregue. Eu sabia disso. Cada toque meu era mais intenso, mais profundo, mais seu. Me ajoelhei ao seu lado e deixei os lábios roçarem sua clavícula, apenas o suficiente para provocar um arrepio. Você se moveu levemente, como se pedisse mais, mas eu não tinha pressa.

Minha boca desceu devagar, explorando sua pele como quem lê um segredo com a língua. Beijei seus ombros, seu pescoço, o centro do seu peito. Senti seus mamilos se enrijecerem sob minha língua, e sua respiração se tornou mais curta, mais urgente. Você não podia me ver, mas sentia tudo com o dobro da intensidade.

Desci pela sua barriga, traçando caminhos invisíveis com a ponta da língua. Suas mãos se fecharam nos lençóis, e seus quadris começaram a se mover, buscando o que ainda não tinha chegado. Eu sorri, porque sabia que o melhor ainda estava por vir.

Quando finalmente cheguei entre suas pernas, você já estava molhada, quente, pulsando. Abri você com as mãos e mergulhei com a boca, devagar, saboreando cada gemido que escapava dos seus lábios. Sua cabeça se jogou para trás, e você gemeu meu nome como se fosse uma prece.

A cada movimento da minha língua, seu corpo reagia como se fosse eletricidade pura. Eu alternava o ritmo, ora lento, ora intenso, até sentir suas pernas tremerem ao redor da minha cabeça. Você tentou se conter, mas era inútil. O prazer te dominava, e eu estava ali para te levar até o limite.

Quando você gozou, foi como uma onda que atravessou todo o quarto. Seu corpo se arqueou, sua boca se abriu em silêncio, e eu continuei ali, te sentindo, te ouvindo, te adorando.

Tirei a venda com delicadeza e beijei seus olhos ainda fechados. Você sorriu, exausta e satisfeita, e sussurrou que nunca tinha sentido nada igual.

E eu soube, naquele instante, que a escuridão tinha revelado mais do que escondido.