A Planta Que Não Sobreviveu, Mas o Amor Sim – Capítulo 57

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A Planta Que Não Sobreviveu, Mas o Amor Sim – Capítulo 57

O dia começou mais cinza do que o habitual. A chuva da madrugada ainda escorria pelas bordas das janelas, e o ar fresco trazia aquele perfume de terra molhada que costuma acalmar, mas não naquela manhã. A Rainha caminhou até o cantinho das plantas com uma xícara de chá nas mãos e os olhos ainda turvos de sono. Parou diante da samambaia preferida, aquela que o Rei havia trazido de uma feira de rua, dizendo que parecia com ela: delicada, verde, cheia de vida e difícil de ignorar.

Mas agora, as folhas pendiam secas, quebradiças, e o verde havia se rendido ao marrom pálido do tempo maltratado. Ela se agachou, tocou os galhos com cuidado e soltou um suspiro triste. Era só uma planta, mas também era uma história. Um símbolo. Um presente. Uma memória viva que agora parecia se desfazer em silêncio.

Ele chegou pouco depois, ainda com a voz rouca e os cabelos desalinhados. Viu a cena, se aproximou por trás e envolveu o corpo dela com seus braços. Encostou o queixo em seu ombro, sentindo o perfume do pescoço dela, quente e sereno como um templo. Ela falou sem virar o rosto, quase num sussurro. Nossa samambaia morreu. Tentei de tudo. Ela não resistiu.

Ele não disse nada de imediato. Apenas apertou os braços ao redor dela, como se quisesse protegê-la até da dor mais pequena. Depois, com um beijo lento atrás da orelha, murmurou com a ternura crua de quem conhece todas as estações dela. Tem planta que não resiste, mas tem amor que nem seca, nem morre.

Ela sorriu pela primeira vez naquele dia. Virou-se para ele, encaixou as mãos em seu peito nu e sentiu o coração dele pulsar calmo e presente. Disse com voz firme e olhos marejados. Se a samambaia não sobreviveu, a gente planta outra. Mas o que cresce em mim por você, isso nenhuma falta de sol consegue tirar.

Ele a beijou. Com gosto de terra fértil e promessas não ditas. Beijou como quem rega, como quem semeia. Os corpos se colaram, se buscaram, se reconheceram outra vez naquele abraço cheio de palavras silenciosas. E ali, entre a tristeza de uma planta que não floresceu e o consolo do corpo do outro, fizeram nascer algo ainda mais forte.

Porque naquele jardim que é a vida a dois, nem tudo vinga. Algumas folhas secam, algumas raízes se perdem. Mas o amor que cultivam todos os dias, esse permanece. Se renova. Se intensifica.

E no fim daquela manhã, quando o céu começou a abrir e um raio de sol atravessou a janela, eles já estavam juntos no quintal, escolhendo uma nova planta. Ela sorria. Ele segurava sua mão. E o mundo inteiro parecia voltar a florescer.

A Planta Que Não Sobreviveu, Mas o Amor Sim – Capítulo 57

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