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O Retrato Vivo – Capítulo 50
A luz que banhava a próxima sala não vinha de nenhuma lâmpada ou janela. Era uma claridade suave e leitosa que parecia emanar do próprio ar, como se tudo ali existisse sob uma vigília silenciosa. Não havia teto. Acima deles, apenas um céu parado, branco e infinito, como uma tela que nunca fora tocada. No centro da sala, Clara viu o que a esperava.
Telas em branco, empilhadas com cuidado, rodeavam um cavalete solitário. Potes de tinta repousavam sobre uma mesa, mas não havia cor definida em nenhum deles. Cada tinta parecia líquida como luz, pulsando em suaves ondulações. Ao tocar uma delas com o dedo, Clara viu a cor mudar. Primeiro um tom dourado, depois azul, depois um vermelho profundo como se tivesse sido colhido do centro de uma memória esquecida.
Clara sentou-se diante do cavalete. Elias, em silêncio, posicionou-se à sua frente, não como modelo, mas como presença. Ele a olhava com uma confiança que não pedia perfeição. Queria apenas verdade.
Ela respirou fundo.
Mas não pintou o rosto de Elias.
Pintou aquilo que ele representava. Pintou o tempo como espirais entrelaçadas, pintou a saudade como uma janela sempre aberta para o lado errado do vento. Pintou a esperança como o contorno de uma mão estendida, e o reencontro como o instante anterior ao toque. Pintou a si mesma através dele, não com formas nítidas, mas com gestos que guardavam o ritmo do que não se pode explicar.
Seu corpo parecia saber o que fazer, como se tivesse esperado toda uma existência para aquele movimento. A cada traço, as tintas mudavam, como se respondessem ao que ela sentia por dentro. Clara perdeu a noção do tempo. Talvez horas. Talvez instantes. Quando a última pincelada se fixou, ela recuou, ofegante.
O que viu diante de si não era um retrato comum. A imagem pulsava levemente, como se estivesse viva. E então, ela piscou. Um sutil movimento na pupila. Um franzir quase imperceptível nos lábios. A pele pintada respirou.
Clara não recuou. Estava pronta. A obra havia aceitado a verdade do gesto. Elias não era mais uma ausência a ser lembrada. Agora, era um símbolo inteiro. A arte havia completado o ciclo. Porque Clara não pintou um rosto.
Ela pintou a permanência.
E naquele momento, compreendeu: criar algo verdadeiramente vivo não era sobre representar o mundo, mas sobre devolver-lhe a alma.
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