A Visita Que Chegou Sem Avisar

O portão bateu de repente e a surpresa tomou conta do Reino. A visita chegou sem aviso, trazendo passos apressados e vozes que ecoavam na entrada. A casa estava em plena vida: roupas pela sala, pratos esquecidos na pia, os brinquedos de Luzia e Nilo espalhados pelo tapete, e Lórien e Bravus correndo em círculos, tentando entender a agitação. A Rainha, ainda com o cabelo em desalinho, lançou um olhar que misturava riso e constrangimento, como quem se vê pega no flagra pela espontaneidade da vida.

O Rei, em vez de se preocupar, segurou a mão dela com firmeza e carinho. Aproximou-se, enlaçando-a como se nada mais tivesse importância, e disse baixinho, de um jeito que só ela pudesse ouvir: Aqui é vida real. E a nossa vida, com tudo o que tem, é mais perfeita que qualquer aparência.

A Rainha suspirou, aliviada, e sua expressão se transformou em um brilho cúmplice que só os dois conheciam. A visita não percebeu a intensidade daquele instante, mas os gatos Luzia e Nilo, empoleirados no encosto do sofá, observavam como guardiões silenciosos de segredos, enquanto Lórien e Bravus, excitados pela novidade, abanavam o rabo como se comemorassem aquela cena.

Para o Rei, não importava a desordem ou a pressa de arrumar as coisas. A verdadeira ordem estava no coração que batia ao lado do dele. E se os olhos do mundo viam bagunça, ele via apenas a beleza de viver com a mulher que amava, em um lar onde até o improviso tinha gosto de eternidade.

Quer que eu prepare também uma citação poética arrebatadora para acompanhar este capítulo, como se fosse a essência dele condensada em algumas linhas de impacto?