Ele beijou a nuca dela como quem sela um pacto

O Rei aproximou-se lentamente, como quem não quer apenas tocar, mas consagrar um instante eterno. Seus lábios pousaram na nuca da Rainha com a devoção de quem sela um pacto secreto, daqueles que não precisam de testemunhas além da própria eternidade. O arrepio que percorreu a pele dela não foi apenas físico: foi um chamado da alma, um sinal de que havia ali algo maior que simples desejo — era culto, era entrega, era destino.

No silêncio que envolvia o quarto, apenas a respiração dela se erguia suave, e ele, como quem decifra uma oração silenciosa, inclinou-se para o ouvido da Rainha e murmurou com voz embriagada de ternura:

“Teu silêncio grita mais alto que guerra. E eu me rendo sem combate.”

Aquelas palavras não eram apenas um sussurro, eram confissão e rendição. Ele não precisava de exércitos nem de coroa diante dela. Bastava-lhe estar cativo no reino que havia dentro dos olhos dela. Sua guerra não era contra o mundo, mas contra a própria incapacidade de viver sem a Rainha. E perder essa batalha era sua maior vitória.

Ela sorriu em silêncio, como quem compreende que o amor verdadeiro dispensa troféus e triunfos. No fundo, ambos sabiam: não havia luta a travar, porque o que os unia já era mais forte que qualquer tempestade.

✨ Citação 
“Na nuca dela, ele selou mais que um beijo: selou um pacto invisível, onde o silêncio se fez grito e a rendição tornou-se a mais doce vitória.”